7 gatas
7 gatas
7 gatas foi escrito em 1935 por Daniil Kharms (1905–1942), artista da vanguarda russa. Representante de uma notável geração de escritores da literatura russa infantojuvenil, Kharms transformava o cotidiano em histórias lúdicas e engraçadas, conservando o olhar infantil. Neste texto, um esquecido narrador tenta cuidar de sete gatinhas arteiras. Rindo, a criança desenvolve a memória e habilidades narrativas. Livro ilustrado indicado principalmente para fase pré-escolar.
COLEÇÃO BELLA traz obras clássicas e modernas de escritores e ilustradores russos para jovens e crianças de todas as idades.
LANÇAMENTO
24/10/24, 19h – Evento online, link disponível no Instagram @editora_kalinka
| AUTOR: Daniil Kharms |
| TÍTULO ORIGINAL: 7 kóchek |
| TRADUÇÃO: Moissei Mountian |
| ADAPTAÇÃO: Daniela Mountian |
| ISBN: 978-65-86862-29-4 |
| LANÇAMENTO: 2024 |
| PÁGINAS: 48 |
| FORMATO: 14 x 21 cm |
| ILUSTRAÇÕES: Bronisláv Malakhóvski e Piotr Snopkоv |
| DIAGRAMAÇÃO: Daniela Mountian |
| ACABAMENTO: Brochura |
Daniil Kharms

Um dos expoentes da vanguarda russa, Daniil Kharms (1905-1942), pseudônimo de Daniil Ivánovitch Iuvatchóv, só teve sua obra «adulta» amplamente conhecida na Rússia nos anos 1990, assim como ocorreu a muitos artistas que viveram sob a égide da censura stalinista. Foi, então, integrado ao panteão dos escritores russos. A linguagem concisa, o humor ferino, o nonsense e a figura extravagante de Daniil Kharms inspiram artistas russos há quase duas décadas. Nascido em São Petersburgo, era filho de Ivan Iuvatchóv (1860-1940), que de um revolucionário do Vontade do Povo tornou-se um cristão fervoroso, e de Nadiejda Koliubákina (1876-1928). Após terminar o ginásio em Tsárskoie Seló, Kharms (de harm, do inglês, «mal», «dano») ingressou na Escola Eletrotécnica de Leningrado, de onde foi expulso, em 1926, por mau aproveitamento nos estudos. E não podia ser diferente: artista inquieto e eclético, o jovem logo se viu entre pensadores excêntricos, como Iákov Drúskin (1902-1980) e Leonid Lipávski (1904-1941) — filósofos que o influenciaram em suas buscas metafísicas (criaram o círculo dos tchinari) —, e entre poetas de vanguarda, como Aleksándr Vvédienski (1904-1941) — com quem, em 1928, criou a OBERIU (acrônimo de Obiediniénie reálnogo iskússtva, Associação para uma arte real), reunindo literatura, teatro, cinema e artes plásticas. Para a noite dе estreia da OBERIU, da qual outros artistas também faziam parte, como o poeta Nikolai Zabolótski (1903-1958), Daniil escreveu a peça Elizaveta Bam, consideradа por muitos críticos um marco do teatro do absurdo. Depois de ter sido preso pela primeira vez, em 1931, devido aos seus poemas e contos infantis — praticamente os únicos publicados em vida e adorados pelas crianças de Leningrado —, Kharms deixou a poesia um pouco de lado e se voltou para a prosa. Nos anos 1930, ele criou os antológicos Causos, série de miniaturas escrita entre 1933 e 1939, e A velha (1939), sua única novela. Em 1941, Daniil Kharms foi preso num hospital psiquiátrico, acusado de «propagar um estado derrotista e calunioso» no prelúdio da Segunda Guerra Mundial, morrendo de fome numa cela no ano seguinte, aos 36 anos de idade.
