Sacha Tchórny
O poeta e escritor Sacha Tchórny (1880–1932), pseudônimo de Aleksándr Glíkberg, nasceu numa família judia de Odessa. O tchórny (“preto” em russo) surgiu porque havia dois filhos chamados Sacha (apelido de Aleksándr) na família — um de cabelos pretos, outro de cabelos loiros.
Sacha Tchórny foi expulso de três ginásios por mau aproveitamento, até que seus pais pararam de responder às suas cartas e de lhe mandar dinheiro. Foi um funcionário público de Jitómir que cuidou do menino e lhe passou o gosto pela poesia.
Tchórny tornou-se conhecido por seus poemas satíricos, que começou a publicar em 1901. Já morando em São Petersburgo, passou a colaborar em várias revistas, e seus versos cômicos eram esperados ansiosamente pelos leitores, que os sabiam de cor. Esses textos críticos tornaram o autor alvo da censura e ele se viu obrigado a ir para a Europa, de onde voltou em 1908. Agora um poeta renomado, virou colaborador da revista Satirikon.
A partir de 1911, para a surpresa dos admiradores de sua veia irônica, o escritor ingressou na literatura infantil. Ele fez tanto sucesso como poeta para adultos quanto para crianças. Ao universo infantil trouxe humor, ritmo poético е uma linguagem própria da infância, dando sinais da nova fase da literatura russa para a infância que se consolidará alguns anos depois.
Em 1918, depois de voltar do front da Primeira Guerra Mundial, Tchórny emigrou para a Europa, onde continuou escrevendo textos para os pequenos. Tornou-se colaborador da revista Varinha verde e publicou muitos livros infantojuvenis, tais como a antologia poética A ilha infantil (1921) e O diário do fox Mikki (1927), uma história contada do ponto de vista de um cachorro parisiense.
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