Marina Tsvetáieva
Marina Tsvetáieva (1892–1941), expoente da poesia russa, foi filha de um conhecido filólogo, Ivan Tsvetáiev (1847–1913), professor da Universidade de Moscou e fundador do Museu Púchkin. А mãe dela, Маria Mein (1868–1906), uma notável pianista, morreu quando Marina tinha 14 anos e sua irmã 12, Anastassia, também escritora. Em 1910, com apenas 18 anos, Tsvetáieva publicou seu primeiro livro, Álbum da tarde. Dois anos depois, casou-se com Serguei Efron (1893–1941), integrante do Exército Branco; teve sua primeira filha, Ariadna; e lançou sua segunda coletânea de poemas, Lanterna mágica, recebendo boas críticas. Desde então, levar suas obras ao público foi se tornando mais difícil, apesar de escrever continuamente. Em 1913, perdeu o pai e passou a viver com muitas dificuldades, cuidando sozinha (o marido havia partido para o estrangeiro) de suas filhas, Ariadna e Irina, a mais nova, que acabou morrendo de fome em 1919. Em 1922, a escritora conseguiu permissão para encontrar-se com Serguei, indo para Praga (lá teve um filho) e depois para Paris, onde morou durante treze anos. Na Europa, a situação dela continuou complicada: sem dinheiro e, agora, artisticamente isolada. Publicou em Paris sua última coletânea poética em vida, Depois da Rússia (1928). Com o filho voltou à URSS em 1939, e logo o marido (já do lado do Exército Vermelho) e a filha, que já se encontravam no país, foram presos. Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, Marina foi obrigada a ir a um pequeno vilarejo da República Tártara. Em desespero, sozinha e na completa miséria, Marina Tsvetáieva se matou em 31 de agosto de 1941. Além de traduções e textos em prosa (na maior parte autobiográficos), Marina Tsvetáieva escreveu, principalmente, poemas (épicos, folclóricos e líricos), sempre na entrega total, que logo conquistaram apreciadores, como Boris Pasternak, com quem ela manteve uma rica troca de correspondências, um “romance epistolar”, e a quem dedicou vários de seus poemas, assim como a outros escritores, como Púchkin, Blok e Akhmátova. A relação de Tsvetáeiva com esses artistas era tão intensa que seu estilo poético não raro se misturava ao deles.
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