Anton Tchékhov
Anton Tchékhov (1860–1904), escritor e dramaturgo, nasceu numa cidadezinha chamada Taganrog, no sul da Rússia, e foi o terceiro dos seis filhos de Evguénia e Pável, dono de uma mercearia.
Neto de servos, o futuro escritor teve uma infância dura, marcada pela religião e pela pobreza; seu refúgio eram os livros e o teatro, que o fascinou desde os 13 anos.
Em 1879, o jovem mudou-se para Moscou, onde já se encontrava sua família, que fugira dos credores após a falência do pai. Na cidade grande, Tchékhov ingressou na faculdade de medicina e continuou escrevendo pequenas histórias cômicas, publicadas agora em revistas moscovitas. Produzindo muito e cada vez mais ciente de seu estilo, transformou-se num mestre da prosa curta, rompendo com elementos tradicionais da composição do conto. Suas obras, como Enfermaria nº 6 e “A dama do cachorrinho“, foram e são referência para muitos artistas.
Uma estada no sul originou a novela A estepe, a qual, publicada em 1888 na prestigiada revista Mensageiro do Norte, deu-lhe mais notoriedade. Dois anos depois, o escritor, que sofria de tuberculose, empreendeu uma difícil e longa viagem a uma colônia penal na Ilha dе Sacalina, no Extremo Oriente Russo, uma experiência que teve grande repercussão em sua vida. Ao voltar, passou os cinco anos seguintes escrevendo um relato sobre a ilha, com descrições apuradas e denúncias sociais.
Anton Tchékhov também inovou a arte dramática, principalmente com as peças que criou para o Teatro de Arte de Moscou: Tio Vânia (1899), As três irmãs (1901), O jardim das cerejeiras (1904). Viveu seus últimos anos, entre uma viagem e outra, numa propriedade nos arredores de Ialta, cuidando da tuberculose, que acabou lhe tirando a vida aos 44 anos. Tchékhov morreu em sua casa, depois de tomar um copo de champanhe, segundo recordações da atriz Olga Knipper, sua esposa e amiga.
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