Contos russos juvenis

Esta coletânea reúne contos clássicos da literatura russa juvenil do fim do século XVIII ao início do XX. A primeira escritora para os pequenos russos foi ninguém menos que Catarina II. Nada mais historicamente justo do que começar nossa viagem por seu “Conto do tsarévitche Cloro, que, com elementos universais e folclóricos, tornou-se um dos mais conhecidos textos da imperatriz. Seguindo a trilha dos contos populares, estão Nikolai Leskóv, com um relato embebido de cultura russa, e Fiódor Sologub, com um conto maravilhoso para jovens. Lidas e relidas por gerações de russos, as histórias tocantes de “Mumu”, de Ivan Turguêniev, e “Vanka” e “O fugitivo, de Anton Tchékhov, desvelam fraturas sociais. Impressionado com os dois contos de Tchékhov, Lev Tolstói os lia em voz alta para seus filhos, sendo ele mesmo um dedicado escritor para a infância e a juventude. No seu cinematográfico “O prisioneiro do Cáucaso, acompanhamos o clássico embate entre russos e tchetchenos ou entre colonizadores e colonizados. Dois admiradores confessos de Tchékhov aparecem também com textos de viés social: Lídia Avílova, que, atenta ao universo infantil, descreve o primeiro dilema ético de uma criança, e Aleksándr Kuprin, que narra a amizade entre uma menina e um elefante e a vida dura de uma trupe de saltimbancos. A autora que mais causava sensação entre jovens russas do início do século XX, Lídia Tchárskaia, retrata protagonistas femininas com delicadeza em “A prova e “A mãe. Na vertente mais lúdica do livro, Odóievski encanta com uma viagem fantástica através de um caixinha de música, e Sacha Tchórny e Daniil Kharms anunciam o mundo contemporâneo com textos inventivos, cheios de graça e humor. As histórias nos fazem rir e chorar, nos levam para reinos distantes, para a costa da Crimeia, para as montanhas do Cáucaso, para as mais diversas paisagens imaginadas por artistas russos tão diversos quanto talentosos.

COLEÇÃO BELLA traz obras clássicas e modernas de escritores e ilustradores russos para jovens e crianças de todas as idades.

 

PREFÁCIO
Daniela Mountian

CONTO DO TSARÉVITCHE CLORO Catarina II
A CIDADEZINHA NA TABAQUEIRA Vladímir Odóievski
МUМU Ivan Turguêniev
O PRISIONEIRO DO CÁUCASO Lev Tolstói
BOBINHO Nikolai Leskóv
VANKA Аnton Tchékhov
O FUGITIVO Аnton Tchékhov
CONTO DA FILHA DO FABRICANTE DE CAIXÕES Fiódor Sologub
PRIMEIRA MÁGOA Lídia Avílova
O POODLE BRANCO Aleksándr Kuprin
O ELEFANTE Aleksándr Kuprin
A PROVA Lídia Tchárskaia
A MÃE Lídia Tchárskaia
A PEDRINHA VERMELHA SachaTchórny
SOBRE COMO KOLKA PÁNKIN VIAJOU PARA O BRASIL E SOBRE COMO PIETKA ERCHÓV NÃO ACREDITOU EM NADA Daniil Kharms

SOBRE OS AUTORES

SAIU NA IMPRENSA
Quatro cinco um – por Paula Carvalho Ago/21
Russia Beyond – por Marina Darmaros Ago/21
Folha de S. Paulo – por Raquel Toledo Out/21
Revista Cult – por Paulo Henrique Pompermaier Out/21
Rascunho recomenda Nov/21
O Globo – por Aurora Fornoni Bernardini Fev/22

NA REVISTA KALINKA
Entrevista com FIdo Nesti Out/21

Aleksandr Kuprin

Aleksandr Kuprin

A imagem de Aleksandr Kuprin (1870-1938) é inseparável de seu gosto por aventuras, da personalidade ativa e intrépida, da vida errante, do amor pela Rússia, que conhecia profundamente, e das dificuldades que passou na infância. Nascido em uma cidadezinha da província de Penza, não teve contato com o pai, Ivan Kuprin (1834-1971), um funcionário público modesto oriundo da nobreza que morreu quando Aleksandr tinha um ano de idade. Com sérias dificuldades financeiras, sua mãe, Liubóv Kupriná (1838-1910), de origem tártara, se viu obrigada a mudar com o filho para Moscou. Lá, ele estudou em um colégio militar e, em 1888, ingressou na Escola de Cadetes de Alexandre. Depois, foi integrado como subtenente ao 46º regimento de infantaria da guarda imperial. Pediu dispensa em 1894, mas, durante a Primeira Guerra Mundial, realistou-se. Kuprin começou a escrever ainda menino e sua primeira obra foi publicada em 1889: Estreia derradeira. No começo da década de 1890, seus contos começaram a sair em revistas de Petersburgo. Na cidade, onde se instalou em 1901, deixou os diversos quebra-galhos para trás — fora de pescador a ator de circo — e começou a colaborar em várias revistas, embora volta e meia buscasse sustento no jornalismo, o que muito influenciou sua escrita. Depois da vitória dos bolcheviques, em outubro de 1917, Kuprin, simpatizante dos socialistas revolucionários, radicou-se em Paris, regressando ao seu país natal em 1937. Sua obra não raro é relacionada com querelas sociais, mas, na verdade, Aleksandr Kuprin, com uma prosa franca e realista, deixou textos sobre diversos temas. Entre seus trabalhos, destacam-se: Moloque (1896), O alferes armênio (1897), Olessia (1898), O duelo (1905). Ele também escrevia para os pequenos, sobre animais, artistas e altruísmo. Suas histórias infantojuvenis, como Doutor milagroso (1897), O poodle branco (1903) е O elefante (1907), são até hoje lidаs pelas crianças russas e estudadаs nas escolas.

Títulos Relacionados de Aleksandr Kuprin

R$ 93,50

Em estoque

Simulação de frete