Nina Berbérova

Nina Berbérova (1901–1993) nasceu em São Petersburgo. Seu pai, um físico-matemático, tinha origem armênia e sua mãe descendia de uma família russa de proprietários de terra, os Karaúlov.

Em 1919, Nina mudou-se com seus pais (era filha única) para Rostóv no Don, onde começou a curso de Filosofia e História da faculdade local. Voltou para Petersburgo (então Petrogrado) em 1920, teve um poema lançado numa revista dos Irmãos de Serapião e, desde então, começou a circular em meios literários. Ingressou na União dos Poetas. Em 1922 partiu para o estrangeiro com seu primeiro marido, o poeta Viatchesláv Khodassiévitch. Antes de se instalarem definitivamente em Paris, passaram tempos em Berlim, Saarow, Praga e Sorrento (com Maksim Górki). Na emigração, colaborou em várias publicações e, até a guerra se iniciar, conseguiu de algum modo se sustentar.

Casou-se com Nikolai Makéiev, pintor e jornalista, em 1936. Perdeu os pais durante a guerra, que morreram, na União Soviética, durante a evacuação (em Vólogda). Em 1950, mudou-se para o Estados Unidos. Com seu terceiro marido, o pianista Gueórgui Kotchévitski, ficou de 1954 a 1983. Lecionou russo na Universidade de Yale e literatura russa na Universidade de Princenton.

Morreu na Filadélfia em 1993. Suas cinzas foram lançadas em quatro lugares: Paris, arredores da Universidade de Yale e de Princeton e na Baía de Delaware, na Filadélfia. Seus arquivos pessoais, com inúmeras correspondências trocadas com escritores e políticos, estão na Universidade de Yale. Seu último desejo foi que as luzes de sua casa fossem acesas por um ano depois de sua partida.

Entre as obras que escreveu, Tchaikóvski, história de uma vida solitária (1936) e Borodin (1938) tiveram particular êxito. Além de Os itálicos são meus, sua autobiografia que, publicada primeiramente em inglês (traduzido do russo) em 1969, é considerada por muitos críticos uma das melhores produções da emigração russa. A primeira publicação em russo saiu em 1972 na Alemanha Oriental.

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